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Os municípios brasileiros vêm
assumindo cada vez maior responsabilidade
na gestão do trânsito, tráfego
e do transporte. Esta municipalização
impõe aos administradores públicos
ações integradas e profissionalização.
O lado negativo dos efeitos do tráfego,
dos acidentes de trânsito e da agressão
ao meio ambiente recaem sobre as municipalidades
que em geral detêm conhecimento técnico,
mas os meios materiais e financeiros nem
sempre são suficientes. Uma das maiores
dificuldades é a implementação
de medidas de baixo custo em curto prazo,
cujos benefícios sejam imediatos
e de efetividade durante longo tempo. A
partir da década de noventa, as administrações
públicas passaram a contar com maiores
participação da iniciativa
privada, seja através de parcerias
na redução dos custos da municipalidade,
ou de concessões onerosas com injeção
de recursos de fontes não tradicionais
nos cofres públicos. Estes novos
formatos de cooperação não
podem e nem devem ser considerados como
solução para todos os problemas,
mas ajudam o município a romper o
imobilismo que transforma o prefeito em
um mero agenciador de empréstimos
para cobrir o custeio ou para realizar poucas
obras, agravado pela política federal
de restrições de crédito
e de juros altos. A nova ordem econômica
da esfera pública impõe saneamento
e equilíbrio das contas internas,
redução dos gastos e do tamanho
da maquina pública, racionalização
e melhoria das condições de
arrecadação de tributos, ainda
que limitada pela dependência das
transferências do estado e da união,
e busca por fontes inovadoras de recursos
adicionais. Assim, as tarefas de gestão
do tráfego, do trânsito e do
transporte passa a desempenhar papel relevante
na estratégia de desenvolvimento
da cidade, dado que dependem exclusivamente
das ações da municipalidade.
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